sábado, 23 de novembro de 2013

Destino...

Lia-me de longe, quase sem ver,
Pausava-me às vírgulas para melhor entender,
Curiosamente fitava-me o papel,
Letra pós letra, na Terra ou no Céu,

O Sol lhe escapava, e ao entardecer,
Andava pelo mundo querendo apenas esquecer,
Descuidadamente, mas tal qual cinzel,
Esculpia a imagem de um vago donzel,

Que no exaltar de emoções o sufoquei,
Tamanha tropelia dentro de mim, chorei,
Para não desonrar a desventura de minha sina,

Massa de papel me transformei,
Com o fardo do que para sempre serei,
Palavra apática e Verso sem rima...

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