Pausava-me às vírgulas para melhor entender,
Curiosamente fitava-me o papel,
Letra pós letra, na Terra ou no Céu,O Sol lhe escapava, e ao entardecer,
Andava pelo mundo querendo apenas esquecer,
Descuidadamente, mas tal qual cinzel,
Esculpia a imagem de um vago donzel,Que no exaltar de emoções o sufoquei,
Tamanha tropelia dentro de mim, chorei,
Para não desonrar a desventura de minha sina,
Massa de papel me transformei,
Com o fardo do que para sempre serei,
Palavra apática e Verso sem rima...