quarta-feira, 9 de março de 2011

Alí...

No enjoo de minhas palavras,
na imensidão vazia de versos sem métrica,
no emaranhado negro que escapa e fere,
no torpe sinal fúnebre que espanta a luz...

Na dificuldade de um abraço singelo,
na falsidade de um amanhecer nublado,
no estanque tenaz imprevisível,
no fio de sangue que corre satírico do abismo...

No triste avarento que conta os centavos,
na ignonímia cidadã que dissimula canduras,
no apogeu infame de um inepto,
e na voz julgadora de um anjo sem nome...